2.05.2010

Eu não queria sentir essa raiva recorrente...

Mas, não consigo engolir a improbidade administrativa, nem muito menos a farsa dos personagens que acham que estão numa corte feudal...
Dio Santo, por que me jogaste nesta cova de leões-abutres?
Nem naqueles filmes de Simbad, o Marujo os bichos eram tão pessimamente assustadores quanto os que tenho que conviver...
Carregar esta armadura diariamente para não ser ferida é uma coisa deveras cansativa...
Adoraria poder transitar livremente sem este peso, sem o metal sobre meus ombros e sem armas... Apenas com um leve e esvoaçante tecido que pesaria menos do que meus cabelos.
Mas não posso!
Se descanso, eles vem e arrancam meu fígado, ressecam meu coração até virar pedra!
E não quero secar sem ser ao sol e à beira mar, bronzeando meu corpo. 

Então carrego minha espada, adagas, fuzis, granadas... E minha armadura com meu brasão, e minha flâmula Dellabianca; enquanto estiver neste feudo que fede a corrupção, descaso com o bem público e uma postura torta de que a autarquia nada mais é do que o puxadinho que se extende desde a toca de cada um desses leões ridículos!

E tudo isso ocorre enquanto a plebe permanece completamente cega, surda e muda... E sem pernas, apenas existindo-rastejando!!!



(Ainda bem que hoje é sexta-feira, e tem show de Alceu ValençaSacal e Burro Morto, e posso, finalmente, existir em paz!)

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